Resoluções.
O tempo não pára.
Sim, verdade mas pode ficar desfazado. Uma des-sincronização entre o tempo do mundo e o nosso tempo. Já Einstein disse que o tempo é relativo. E como custa sentir essa relatividade.
Can you relate to yourself?*
Quando se está em baixo não se pode ir senão para cima.
Mentira. Pode-se continuar em baixo.
Também se diz que os olhos são o espelho do coração. Se assim fosse os meus estariam negros como uma noite sem estrelas. No entanto, sinto que perderam o brilho...
How do you relate to yourself?*
Presa a um curso que não deixo que me satisfaça atiro-me outras pequenas satisfações que não me preenchem. Sabia o que queria, como o conseguir; não sabia se seria fácil ou não, mas não era importante. Agora já sem essas certezas tento criar outras que se revelam tão fúteis como efémeras. Antecipo o inevitável, no entanto prorrogo-o.
Hoje revejo-me naquilo que pensei em que não me tornaria. No que pensei que nunca me faltaria. Os objectivos impulsionam-nos, dão-nos força, fazem-nos ir para a frente. E quando um objectivo se revela insuficiente? O que nos impulsionará? Um novo objectivo? E se, também esse objectivo, não for suficientemente forte?
Resta um corpo adormecido. Adiam-se freneticamente as mudanças que se sabem ser necessárias. Até que já não será possível mudar.
Since you claim you relate to yourself... Can you prove it?*
O que eu quero agora são novos ares. Um respirar intenso de um ar que me renove a alma. Preciso de acordar. Sei que se continuar assim custará muito mais, mas há algo que me prende.
Eu como ser a que lhe é inerente um achar que o que acontece é pelo melhor, sofro de uma grave apatia: um habituar a condições que sei que sei que me são prejudiciais. Sei que não sou a única, Portugal é um país onde cada um sabe o que está mal, sabe o que precisa de ser feito mas não o faz. Espera-se por um D.Sebastião que virá num dia de nevoeiro. Entretanto eu desespero comigo mesma. Proponho-me resoluções que não cumpro e depois sinto os efeitos e penso para a próxima! Para a próxima. Estou decidida a que não haja mais próxima. É esta uma das razões para este post. Fica aqui a lembrar-me que é desta ou não será mais.
Para quem me conhece isto pode parecer um pouco, sei lá estranho, ou nem tanto, talvez não saiba disfarçar assim tão bem. Sei que há quem se reveja a ler isto mas espero que muitos pensem nisto apenas como mais um devaneio.
*tirado de 'Jissatsu Circle' por FURUYA Usamaru. Há também o filme, as 2 versões (filme e manga) são diferentes. Algo gráfico. You've been warned. Not for the faint of heart, especially the movie.
Sim, verdade mas pode ficar desfazado. Uma des-sincronização entre o tempo do mundo e o nosso tempo. Já Einstein disse que o tempo é relativo. E como custa sentir essa relatividade.
Can you relate to yourself?*
Quando se está em baixo não se pode ir senão para cima.
Mentira. Pode-se continuar em baixo.
Também se diz que os olhos são o espelho do coração. Se assim fosse os meus estariam negros como uma noite sem estrelas. No entanto, sinto que perderam o brilho...
How do you relate to yourself?*
Presa a um curso que não deixo que me satisfaça atiro-me outras pequenas satisfações que não me preenchem. Sabia o que queria, como o conseguir; não sabia se seria fácil ou não, mas não era importante. Agora já sem essas certezas tento criar outras que se revelam tão fúteis como efémeras. Antecipo o inevitável, no entanto prorrogo-o.
Hoje revejo-me naquilo que pensei em que não me tornaria. No que pensei que nunca me faltaria. Os objectivos impulsionam-nos, dão-nos força, fazem-nos ir para a frente. E quando um objectivo se revela insuficiente? O que nos impulsionará? Um novo objectivo? E se, também esse objectivo, não for suficientemente forte?
Resta um corpo adormecido. Adiam-se freneticamente as mudanças que se sabem ser necessárias. Até que já não será possível mudar.
Since you claim you relate to yourself... Can you prove it?*
O que eu quero agora são novos ares. Um respirar intenso de um ar que me renove a alma. Preciso de acordar. Sei que se continuar assim custará muito mais, mas há algo que me prende.
Eu como ser a que lhe é inerente um achar que o que acontece é pelo melhor, sofro de uma grave apatia: um habituar a condições que sei que sei que me são prejudiciais. Sei que não sou a única, Portugal é um país onde cada um sabe o que está mal, sabe o que precisa de ser feito mas não o faz. Espera-se por um D.Sebastião que virá num dia de nevoeiro. Entretanto eu desespero comigo mesma. Proponho-me resoluções que não cumpro e depois sinto os efeitos e penso para a próxima! Para a próxima. Estou decidida a que não haja mais próxima. É esta uma das razões para este post. Fica aqui a lembrar-me que é desta ou não será mais.
Para quem me conhece isto pode parecer um pouco, sei lá estranho, ou nem tanto, talvez não saiba disfarçar assim tão bem. Sei que há quem se reveja a ler isto mas espero que muitos pensem nisto apenas como mais um devaneio.
*tirado de 'Jissatsu Circle' por FURUYA Usamaru. Há também o filme, as 2 versões (filme e manga) são diferentes. Algo gráfico. You've been warned. Not for the faint of heart, especially the movie.
publicada por Isa @ 00:45
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