20060830

O último de Agosto...

E cá estou eu mais uma vez a contar aquilo que só me acontece a mim. Bem, algumas coisas são óbvias já que para acção há uma reacção mas outras deve ser karma... Aconteceram mais coisas mas o domingo foi engraçado. Primeiro decidi ir comprar coisas doces porque não havia nada em casa; então lá fui eu ao Plus da Malveira, não em apeteceu ir ao Lidl anda lá um bacano a fazer-me olhos de carneiro mal morto (esta é obviamente karma!) e pensei em ir pela Venda do Pinheiro mas depois «Ah, não, o caminho é só curvas, vou por dentro da Malveira.» E bem por dentro! Ainda não sei muito bem o que aconteceu mas andava a Polícia (BT da GNR e GNR) a cortar algumas ruas, ou melhor tudo quanto eram ruas principais então lá fui eu à Malveira de Cima, para depois descer em direção aos Bombeiros, passar junto à linha do comboio e finalmente a rotunda! Isto foram à vontade 3 km a subir e às voltas e depois só às voltas. No caminho original eram para aí uns 500m até à rotunda, da rotunda ao Plus mais uns 500m; ou seja, eu devia ter ido em direcção à Venda do Pinheiro... Estas voltas todas também deve ter sido karma; numa vida passada não devo ter sido nada boa pessoa... Depois de comprar uma torta, línguas de gato, línguas de veado, waffles e queijo (nem só de doces vive a minha pessoa!, há 5% de mim que se alimenta normalmente) lá voltei a casa.
Quando ia tirar as coisas do carro vi que a porta do pendura tinha o vidro completamente aberto e a porta também estava aberta. Se os meus pais não tivessem saído tinha ouvido algo como «Se tivesses um carro novo era a mesma coisa!» o que eu até tinha gostado porque a seguir respondia «Os carros novos tem fecho centralizado e maravilhas do género fechar todos os vidros ao mesmo tempo.» Mas eu conheço-me, vou ter muitas hipóteses de usar esta resposta. O resto do Domingo foi calminho. Já mencionei que os meus pais tinham ido sair? :) Quando fui lanchar vi o final lamecha do Van Helsing... Mas depois a música que anúncia mais Van Helsing a caminho! Lembrei-me também de alguém que disse que ia arranjar a banda sonora...
Entretanto os meus pais puseram-se a pintar o exterior da casa; uma animação todo o santo dia: a minha mãe com o «Ai, Ramiro que cais do escadote!» a cada 10 segundos, o meu pai «Sim, tou a cair, tou a cair...» e «Ai que tou a cair!» e sempre a mandar a minha mãe embora para não a ouvir; e claro falam tão baixo que eu fechada na cozinha vou ouvindo umas coisas; quem inventou o alfifalente não pensou de certeza nas pessoas como os meus pais.
E antes de ontem mais uma pérola: a minha mãe estava a fazer o almoço e o meu pai estava a pintar uma parte da parede "empoleirado no cimo da escada" como diz a minha mãe; e a minha mãe estava com nervosa com medo com que o meu pai caisse, tanto que fez croquetes de carne e quando cheguei com o meu pai à cozinha (sim, fui ter com o meu pai para segurar a escada se não não havia comida para ninguém) e cheiro croquetes; ora o almoço seria, supostamente, pasteis de bacalhau, ao que a minha mãe respondeu «Ai, filha só reparei que eram croquetes e não pasteis de bacalhau quando provei um para ver se tavam bem fritos.» e eu alí a pensar que a minha familia é tudo menos normal!! Para quem não sabe na minha casa é bastante fácil de distinguir pasteis de bacalhau de croquetes; a forma, côr e tamanho são bem diferentes! E lá fui eu comer croquetes de má vontade porque queria mesmo era pasteis de bacalhau, mas enfim. Karma, KARMA!!!!
Na terça houve melhor; estava eu a trabalhar para projecto e por acaso estava mesmo não estava a fingir nem a engonhar estava a pôr as árvores na planta porque de repente percebi o que estava a faltar na planta: as árvores! E tava eu muito bem a pôr as arvorezitas (e quase a terminar) quando me entra a minha mãe esbaforida pela cozinha dentro e diz «Por isso é que tu não passas de ano!» e eu «Mas eu tou a trabalhar!» e vai ela «E isso que tás a ouvir e falar para o computador???», eu esclareço o mistério: estava a ouvir música em japonês. O crime. E repetia umas partes do refrão quando era compreensível. Estava a ouvir japonês enquanto trabalhava, sou ou não uma criminosa? Ah, claro que sim. Então lá troquei de CD; tava a ouvir Evanescence e de novo a minha mãe «Música até acho bem de vez em quando mas não achas que isso tá muito alto?» Eu nunca ouço música muito alta, porque fico com dores de cabeça, e mesmo que quizesse o pc não dá potência ao som; mas para a minha mãe que está muito mal habituada qualquer música mais alta que um suspiro é altíssimo. Não liguei, mudei para Nightwish e com a minha disposição se soubesse onde estão as músicas do Korn era mesmo Korn, aí a minha mãe devia mesmo passar-se. Esta já não é tanto karma, afinal já chumbei dois anos, mas fogo é preciso tar a fazer qualquer coisa de útil para vir chatear-me o juízo e tirar-me a pouca vontade de trabalhar? Enfim, depois de 2 jogos de Solitaire Spider (ainda gostava de saber porquê spider) voltei aos rigorosos...
E hoje vim a Lisboa buscar 2 sebentas para estudar para um exame e imprimir umas coisas. E assim é o último post deste belo mês de Agosto. E não tenho feito doce nenhum! Nem comida, nem nada! E estou com umas saudades de massa de ovos com frango, ui, nem conto nada... E agora tenham pena de mim que vou tirar fotocopias :(

20060817

Eu não ia dizer mal...

... mas depois do dia de hoje, não sou de ferro! Pois é, ainda não foi desta que se viram livres de mim... Vou tentar fazer um post light. Então comecemos pelo princípio...

Quem leu o post dos casamentos sabe que perdi uma das capas do meu tlm; pois bem vi eu na net e o preço rondava os 10€. Pois não era muito barato mas que poderia eu fazer? Entretanto na quinta-feira passada fui à feira. Ora entre o senhor a apregoar um «Quem quer pilhas para o rato!», isto das novas tecnologias afecta tudo, e o comprar umas pilhas não para o rato, para a minha máquina fotográfica, lembrei-me de ver se encontrava capas para o meu bicho (entenda-se telémovel) e lá as vi eu. 4€ e lá fiquei eu feliz da vida. Não diz nokia mas olhem para a minha cara de preocupada. Servem bem para o efeito e até digo mais, depois das capas postas quis tirá-las e não foi nada fácil; o telémovel também já caiu e foi bastante agradável ver que não foi cada peça para seu lado :)

Entretanto fui à FexpoMalveira. Aqui ficam duas fotos, uma de um animal com o qual simpatizo muito apesar da teimosia. Noutra a Anabela e a Adelaide Ferreira (mal se nota mas são elas). Ok, 'bora lá dizer mal :D A Srª Adelaide Ferreira tinha uma saia tão feia... Feia não é bem o adjectivo apropriado, parecia uma saia comprada nos ciganos excepto é claro que se a srª fosse lá saia com uma saia mais gira. Mas a parte melhor foi a sô dona a arregaçar a saia para a rodar e às tantas barriga à mostra... É claro que fui percebendo isto entre a conversa com a Lisa. Sim, esta-se a tornar habitual ver a Lisa 2 vezes por ano, uma no desfile do curso dela e outra na FexpoMalveira. Vamos lá a ver se consigo contrariar a tendência...


E lá vou eu de novo para a terrinha, não sei se hoje se amanhã de manhã... Depende da minha velocidade a fazer o que me trouxe aqui. Eu ainda gostava de arrumar a mesa sa sala... Há uns bons meses que não vejo a madeira na mesa toda (e nem sequer tenho vergonha de o escrever aqui, lol). Veremos.
E com a coisa de contar o agradável tava-me a esquecer do dia de hoje... Depois de ter decidido que hoje vinha a Lisboa cometi o erro (GRAVÍSSIMO!!!) de não ter vindo enquanto os meus pais foram à feira; chegaram, almoçámos e depois largo a bomba. O meu pai minutos antes tinha decidido que ia a Queluz (quando os meus pais vão a Queluz e eu quero vir a Lisboa já sei que venho de boleia...) e eu benzi-me... Já sabia o que vinha aí. É claro que ainda apareceu um senhor muito simpático e empatou os meus pais quase 2 horas; sai de casa às 15h30... E o meu pai recebeu uma luz das alturas: em vez de ir ao Continente comprar uns danados de uns globos (candeeiros) para pôr no patamar das escadas, não!, resolve ver se há numa loja em Queluz Ocidental «porque lá deve ter!». Para ajudar à festa antes de chegar a Belas a Brigada de Trânsito da GNR manda o meu pai parar. Tava tudo muito bem, o senhor era muito simpático e o meu pai pega de conversa com o homem! Mais 15 minutos perdidos. Depois romaria das lojas de electodomésticos e de componentes eléctricos de Queluz Ocidental, Carenque e Queluz de Baixo, porque afinal a dita loja não tinha e cada loja a que se ia «ah, não temos, mas Fulano ou Beltrano deve ter, eu explico onde é a loja»... Eu já bufava quando cheguei finalmente ao prédio, mas pensei, é só trocar umas lâmpadas e colocar um globo; o meu pai geralmente faz isso em menos de meia hora. Mas hoje era especial! Oh, se foi! 3 horas depois e depois de até eu ter ajudado, sim, porque não havia luz nas escadas e o meu belo nokia foi muito requisitado pela lanterna incorporada!, finalmente ouvi um tá quase. É só ver uma coisa. Cinco minutos depois tava no carro a dizer, 'bora! Agora cansada, meia morta de fome, sedenta de um belo duche e absolutamente necessitada de uns momentos a sós com a minha cama, acabo de escrever este post e ouço a minha mãe a dizer que o jantar está feito. Agora não tenho vontade de rir mas acredito que algumas almas ao lerem isto se riam. Fazem bem, rir é bom... E agora o pc fez-me um barulho estranho e eu tou muito assustada... :( ai, máquina...

じゃ皆!

20060808

Para quem se interroga por onde eu tenho andado...

... Venho dizer que estou viva e de saúde. Ando pela terrinha e fui a dois casamentos; os dois noivos já se auto-convidaram para o meu casamento e no casamento deste fim de semana fiquei a saber que o meu está próximo... Eu continuo algo céptica mas se eles dizem, quem sou eu para contrariar? lol
O primeiro casamento foi nos Jerónimos e como estava marcado para o meio dia, ao meio dia estava eu na Igreja a assistir ao final do casento das 10h depois assisti ao casamento das 11h, depois às 13h e qualquer coisa assisti ao casamento das 12h que foi aquele para o qual fui convidada. Uma senhora de chapéu (surpreendeu-me o facto de ter sido só uma!), passadeira vermelha e tenor a cantar ao vivo entre outras coisas muito bem! Os noivos alegres e os pais e avó do noivo com cara de quem estava num funeral: coisas da vida. Mas gostei do casamento, do vestido da noiva e da comida (tirando as sopas). O meu pai dançou com uma vassoura cada vez que não arranjava par para dançar, dançou com o noivo, com o pai do noivo, falou demais ao almoço e ao jantar e no fim do casamento andou atrás do pai do noivo para o beijar, foi uma alegria! Eu no final do casamento perdi a minha capa de trás do telémovel e um euro.
O segundo casamento foi na terra da minha mãe, no belo *coff coff* concelho de Torres Vedras. E segundo uma prima da minha mãe «A Belinha está tão bonita, está gordinha! Agora tens que ter cuidado para não alargares em baixo!» e eu alí a sorrir o mais pacificamente que consegui e a pensar "Calma, Isabel, tu és forte... Ignora, ignora..." e depois a dita prima olha para mim como quem espera que se lhe diga um obrigado pelo grande elogio que me fez. Raios, eu sei que não estou magra e pelos cuidados que tenho com o que como, ou falta deles, até tenho muita sorte por não estar quase o dobro, mas da minha idade eu era a mais magra! E mesmo que não fosse; eu vou dizer a alguém que está gordo, velho ou senil? Não, e vontade não me faltou! À sobrinha dela que é quase o dobro de mim e com menos 15 cm de altura não diz ela que está gorda... Já para não falar em mais família... E daqui a pouco a mesma prima «Então Belinha, tens que te casar depressa tás a chegar aquela idade...» esta ia-me matando! Mas qual idade? Agora nasce-se com data de validade? Pelos vistos eu devo ter e não me apercebi... A família da minha mãe tem destes espécimes... Isso e uma prima da mesma idade que eu (1 mês e 16 dias mais velha que eu) que me conhece perfeitamente a tratar-me por você: «Passei por si? Não a vi.» e eu «Não passaste por mim, não. Fui eu que te vi e vim falar-te.». Ainda tive para a tratar por você, mas lá por ela ter a mania que é tia eu não vou colaborar, odeio tratar pessoas por você. Bem basta quando tem mesmo que ser. No segundo dia de casamento tive que levar a carrinha porque o meu pai não estava nas melhores condições para guiar; fui o caminho todo com a minha mãe a dizer-me coisas do género «Olha uma curva, olha outra, olha agora há uma descida...» e o meu pai «Mulher, tá calada! A rapariga conhece o caminho!» Mais uma vez uma animação.
Estava-me a esquecer de referir uma coisa; a minha mãe ficou muito triste por eu não ter apanhado nenhum dos bouquets; segundo ela tinha que fazer algo como soltar um grito de guerra, arranhar, arrancar olhos ou parecido mas ficar com o bouquet!
No geral, até foi engraçado; ah pois é! Um primo meu que nem conhecia disse-me que tinha os olhos muito bonitos, que querido. Ao menos um elogio sem contrapartidas! ;)